Liberalismo religioso

O liberalismo religioso é uma concepção de religião que enfatiza a liberdade pessoal e de grupo[1] e a racionalidade.[2] É uma atitude em relação à própria religião, em oposição à noção crítica da religião a partir de uma posição secular, e em oposição à crítica de uma religião diferente da sua, a qual contrasta com uma abordagem tradicionalista ou ortodoxa, e é diretamente combatida por tendências de fundamentalismo religioso. Relaciona-se com a liberdade religiosa, que é a tolerância de diferentes crenças e práticas religiosas, mas nem todos os difusores da liberdade religiosa são a favor do liberalismo religioso, e vice-versa.[3]

  1. Newman 1991, p. 144: "... when people talk about 'religious liberalism,' they are normally referring to a commitment to a certain kind of conception of what religion is and, accordingly, of how religious attitudes, institutions, and communities should be developed or reshaped so as to accommodate and promote particular forms of personal and group freedom."
  2. Newman 1991, p. 159: "... religious liberalism came to be so concerned with respect for reason, reasonableness, and rationality ... ."
  3. Newman 1991, p. 143-144: "Contudo, dada a forma como a terminologia evoluiu, temos de ter cuidado para não assumir uma associação demasiado estreita entre 'liberdade religiosa' e 'liberalismo religioso'. Muitas pessoas que pensam que a liberdade religiosa é basicamente uma coisa boa que deve ser promovida não querem ser vistas como defensoras do liberalismo religioso; algumas delas sentem mesmo que muitos dos que se intitulam "liberais religiosos" são inimigos da liberdade religiosa, ou pelo menos acabam por minar a liberdade religiosa no processo de promoção da sua própria marca especial de "religião liberal". ... Um problema notável aqui é que, quando o liberalismo é considerado em relação à religião, pode-se estar a pensar principalmente numa certa conceção "liberal" da própria religião (em contraste com, digamos, concepções ortodoxas, conservadoras, tradicionalistas ou fundamentalistas) ou pode-se estar a pensar mais numa visão política "liberal" do valor da liberdade religiosa. Mas, quando as pessoas falam de 'liberalismo religioso', estão normalmente a pensar mais na primeira do que na segunda, embora possam assumir acriticamente que as duas se acompanham necessariamente uma à outra."

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